
"Glee" mostra que as pessoas devem ser valorizadas por o que ela são.
Ryan Murphy não quer que seus personagens se encaixem no modelo imposto pela sociedade. O garoto cadeirante, a negra gorda, a menina sonhadora, o garoto gay e a asiática que finge ser gaga fogem do padrão determinado pelo sonho americano, mas nem por isso merecem ficar de escanteio. Possuem talento e devem ser reconhecidos e destacados por isso, sem se ajustar a regras ou rótulos sociais. Devem ser valorizados pelo que eles são, não pelo o que poderiam ser aos olhos daqueles que se acham perfeitos.
“Glee” repete outra série de sucesso que comentei aqui há algumas semanas. Assim como “True Blood”, critica o conformismo da sociedade contemporânea. Por mais que todos desejem e adotem o discurso da diversidade, a necessidade de se encaixar aos padrões sempre fala mais alto. Ryan Murphy, no entanto, insiste que não é necessário mudar sua essência para conviver em harmonia. E isso serve tanto para os rejeitados quanto para os valentões e líderes de torcida que se juntam ao coral. Há espaço para todos, sem que ninguém perca sua individualidade.
“Fique bem com você mesmo. Não é preciso mudar para ser aceito. Cada um pode levar a vida ao seu jeito. Esse é o recado da série”, conta Kevin McHale, que interpreta Artie, o cadeirante de “Glee”. Em férias no Brasil, ele concedeu uma entrevista para apresentar a segunda metade da primeira temporada, que começa a ser exibida pela Fox a partir de 14 de julho, às 22h.
Artie já se livrou da cadeira de rodas em um sonho. Voltou a andar, mas acordou e viu que continuava sem essa possibilidade. Não ficou desapontado. “Talvez ele volte a sonhar, mas certamente não voltará a andar de verdade. Mas isso não é um problema. Ele sabe que isso não o limita”, revela Kevin McHale.
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